Para os vinte e poucos anos de Aretha
.
Na última madrugada, a chuva bateu na janela com a serenidade de que só é capaz a própria chuva, e perguntou: Aqui é Doce Delicadeza? De dentro da janela, com um sussurro recém-desperto, a moça respondeu: Sim, é aqui. Então a chuva pediu: Abre a janela... A moça abriu-a devagar para não ferir as faces da chuva, e as duas se olharam nos olhos por um instante ad infinitum. Foi quando a chuva, ainda mirando os olhos cristais da moça, disse: Como posso ter certeza? E a moça, com um sorriso ainda mais cristal que os olhos transcendendo a aurora vindoura, lhe abriu suas delicadas asas de papillon.
.
Na última madrugada, a chuva bateu na janela com a serenidade de que só é capaz a própria chuva, e perguntou: Aqui é Doce Delicadeza? De dentro da janela, com um sussurro recém-desperto, a moça respondeu: Sim, é aqui. Então a chuva pediu: Abre a janela... A moça abriu-a devagar para não ferir as faces da chuva, e as duas se olharam nos olhos por um instante ad infinitum. Foi quando a chuva, ainda mirando os olhos cristais da moça, disse: Como posso ter certeza? E a moça, com um sorriso ainda mais cristal que os olhos transcendendo a aurora vindoura, lhe abriu suas delicadas asas de papillon.
8 comentários:
O som do Trovão também é delicado, não há dúvida.
Abraços;
Que bela imagem, Lulih Rojanski!:
Da moça borboleta, das moças de guarda-chuva.
Muito lindo.
Ela era branca, branca, branca
dessa brancura que não se usa mais,
mas tinha a alma furta-cor.
Do Mario Quintana pra você, Lulih.
delicado leve e adocicado conto esse teu.
Z, Sunshine, Elaina, Alexandre e Júlio...
Nestas férias, vamos para Doce Delicadeza?
Que lindo-lindo, mais que lindo...
Papillon Inocentia!Como termina Visconde de Taunay a obra Inocência...
A Aretha voa fora das asas com o texto da Lulih e atinge a verdadeira poesia!
Postar um comentário