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Acordei em agosto com desejos incendiários! Ateei fogo às más lembranças, aos sapatos que dão calo, ao vestido que não cabe mais porque o corpo resolveu engordar a revelia. Incendiei o antigo bilhete que conservava sobre a mesa, cujas letras diziam até qualquer dia. Toquei fogo na teoria do acaso, pra não mais aceitar o destino passivamente. Na dúvida, na indiferença, nos farelos de vagabundo que resistiam no lençol. Hoje queimei de minha vida toda forma de pobreza e tudo o que escraviza o ser. A burrice, as máscaras, o paradoxo, o medo da dor. Talvez mais tarde eu queime fogos. Mas agora vou por aí, assobiando uma valsa de Maurice Ravel.
11 comentários:
Nossa! O teu blog ta lindo e o texto promete um renovado agosto.Desejo muitos sabores novos pra sua vida lulih.
Beijo!
Olá Lulih!
Muito gostaria de ouvir você assobiando a valsa de Ravel! Delirava talvez, digo eu!!!
Continua com a filosofia na ponta da lingua! É uma pensadora nata!
Beijo e B.F.S.
Renato Oliveira
Isso aí Lulih! Isso vai virar um movimento. A virada de agosto. Vou fazer o mesmo por aqui. Só não sei assoviar, mas saio cantando.
isso mesmo vamos transformar agosto em um movimento de renovação. Vamos trazer a alegria para dentro de nós e viver a vida em total liberdade e encantamento.
belos texto amiga
Aline, Renato, Márcia e Ara...
Agosto nos será leve.
Beijos.
Lulih, esse texto lindo, leve como a paina das samaumeiras também é verde como as folhas das alvineiras que ora se renovam. Parabéns. Manda mais dessa qualidade e sensibilidade. Abraços.
Queima o que não nos pertence mais, queima fora, e arde em chamas, e queima cinzas, pó e cinza. queima o que arde dentro, queima em nós, e arde fênix.
Que você possa incendiar sempre. Agostos e desgostos, Setembros, e Novembros, e. Um Beijo!
Obrigadão amiga, so fiz copiar da anterior e na pressa (gente, deu branco total, é assim q escreve mé, ridicula euinhaa! rs) Não ajeitei.
Gostei dos pés descalços...
Bjs, meus.
adorei teu conto-poema
Lulih, todo agosto, eu queimo as inuitilidades que a vida me impõe, e ardo com as alegrias da renovação. Maravilhoso esse seu texto!
Bjs.
De vez em quando ateio fogo às coisas guardadas, que só ocupam
espaço e nada mais representam.
É necessário!
A bagagem que carregamos, vida
afora, se torna mais leve, mais
'carregável'.
Acordo, muitas vezes, com desejos
incendiários...
Só assim, ateando fogo ao antigo e
em desuso, podemos sair por aí,
assobiando Ravel!
Que agosto lhe seja leve como uma
pluma, querida amiga! E que sempre você
possa descrever suas descobertas
e encontros e desejos!
Com carinho e admiração, mil beijos!
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