segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Passagem pela polícia

Mais uma pequena crônica sobre as meninas reais...

Pétala achou lindo ser presa. Foi recolhida por uma viatura da Polícia Militar na madrugada de uma terça-feira, quando dava inocentes voltinhas de carro ao redor de uma praça central, junto com quatro amigos adolescentes. Três meninos e uma menina de pijama, tirada da cama para passear. Só o motorista, Flavinho, era maior de idade, mas foi recolhido também porque transportava os menores, com a agravante de um estar de pijama. Todos foram recolhidos. Até o carro, com a documentação vencida. Pétala, Billy, Rodrigo e a do pijama numa moderna perua da Wolkswagen. Flavinho num camburão enferrujado. “Mas o que nós fizemos?” era a pergunta geral. E de cassetetes em punhos, os tiras os mandaram calar a boca e passar pra dentro da viatura. Direto para a Vara da Infância e Adolescência... ou Juventude, não sei. A caminho, descobriram, pela conversa entre os tiras, que tinham passado quatro vezes pela viatura parada, de plantão na praça, rindo de modo desvairado, como se fossem adolescentes. Despertaram suspeitas. “Suspeita de quê?” atreveu-se Pétala para o policial do volante. “De que são menores, ora...”. “Mas nós somos”, disse uma outra voz quase sumida, de dentro do pijama. Do fundo do camburão, pelo celular, Flavinho chamou o pai advogado. Que não se sabe por quais forças chegou à Vara da Infância antes das viaturas. Tudo esclarecido. Descobriu-se lá, que todos, menos Flavinho, eram menores dando umas voltinhas pela praça de madrugada... Só fiquei sabendo no dia seguinte, para a sorte de todos. Se dependesse de mim, teriam dormido no xadrez. O carro preso era o meu. Pétala passou a semana narrando a crônica policial, primeiro pra mim, depois para os amigos. Pessoalmente, pelo telefone, pela internet. E toda vez que passava por mim, ainda me gozava: “Tiras, mãe? Xadrez? Tu é muito sem noção...”

3 comentários:

Anônimo disse...

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Eu não posso contigo, Dona Luli.

Anônimo disse...

Extraordinário !
Abraços !

Fábio Luis Neves disse...

Essa Pétala é uma mala Luli.
Eu,assim como na história do "Café e Rock'n roll", já conhecia essa história, já a ouvi diversas vezes!
Putz, acho que estou sabendo demais, não é Luli? Será que corro risco de ser enquadrado? Dio mio: deixa eu me calar ou acabarei tendo uma "passagem pela polícia..."