quarta-feira, 26 de maio de 2010

Antes que eu me esqueça...

.
- Conheço pouco das escritoras brasileiras. Resolvi então dar mais atenção a livros escritos por mulheres. Foi assim que conheci Adriana Lunardi, Zulmira Ribeiro Tavares, Maria Valéria Rezende... até aqui. Quando terminei a leitura de O Vôo da Guará Vermelha, desta última, corri para a estante da sala de leitura da escola onde trabalho e tomei sofregamente contra o peito O Outro Pé da Sereia, de Mia Couto. Levei-o pra casa (clandestinamente), alisei bastante sua bela capa antes de começar a ler, e ao princípio do primeiro capítulo já me encantei por completo. Ao final do capítulo, apertei-o novamente contra o peito ardente de paixão, e pensei comigo: como escreve bem... Mia Couto... que sensibilidade! E me joguei de cabeça na segunda orelha, ávida por ver a foto de Mia, conhecer os olhos, os traços faciais da escritora. Bem, basta ser um pouquinho mais antenado do que eu pra saber que Mia Couto é um homem... Um escritor moçambicano (ou quenho?) de sensibilidade comparável a Gabriel García Márquez, que escreve livros cujos títulos são o suficiente para impulsionar a leitura. Foi o caso de O Outro Pé da Sereia. Claro que agora vou até o fim. Com as mulheres eu continuo depois.

- Estou pensando em embarcar numa viagem mística para a Índia...

- Um filme para rever sempre: Diários de Motocicleta, de Walter Salles. Gael Garcia Bernal não tem cara de Che, mas convence porque é um excelente ator. Além de emocionante, o filme é engraçado. Próprio para os finais de semana em que não se quer ver nem a própria cara. Um filme para ver uma vez só: O Quarto Verde (La Chambre Verte), de François Truffaut, que antes de fazer o filme ouviu uma música do Zeca Baleiro e gostou particularmente de um verso que diz é mais fácil cultuar os mortos que os vivos. O filme, de 1978, é esquisito. Quer uma opinião mais refinada, afinada sobre os filmes? Não é aqui. É no blog Dicionários de Cinema (blogspot).

- ...ou ficar por aqui e me iniciar no Daime...

- Do Prêmio Sesc de Literatura 2010, categorias Conto e Romance, não podem participar autores que já possuam publicações nestas categorias.
.
- ...antes que a vida termine.

5 comentários:

Alexandre Alves Neto disse...

Lulih, encontrei num site sobre o Gabriel G. Márquez um conto incrível, que vou te enviar por email. Mia Couto eu ainda não tinha ouvido falar, esse nome engana mesmo.

Lulih Rojanski disse...

Alexandre,
Obrigada pelo conto. É um dos mais enigmáticos do GG Márquez. Olhos de Cão Azul é o conto que dá título a um de seus livros. Eu o tive, e jamais vou me perdoar por tê-lo emprestado, pois ele nunca mais voltou. Vou imprimir e guardar a sete chaves o que vc me mandou.
Um abraço.

Alexandre Alves Neto disse...

Putz, fiquei feliz, espero que tomes as folhas impressas sofregamente contra o peito e se apaixone pela leitura. Um beijo.

Lulih Rojanski disse...

Alexandre,
Pode crer. Eu poderia ler Olhos de Cão Azul todos os dias sem jamais me cansar.

Ernâni Motta disse...

Lulih, você me deu um susto, estava falando em escritoras e de repente passou para o Mia Couto... rs. Quanto aos filmes, há uma infinidade deles que mexem comigo, mas, assisti a um lá pelos anos 1960 chamado "A Travessia de Paris", que nunca esqueci. É mais ou menos o seguinte: durante a ocupação nazista, ficou proibido o consumo de carne, então, dois amigos conseguem alguns quilos e colocam dentro de uma mala e tentam atravessar Paris, com a dita cuja... rsrs. É qualquer coisa de sensacional! É um filme em preto e branco, mas, com todo o charme dos bons e velhos filmes. Quando tiver oportunidade assista, tenho certeza de que irá gostar.
Agora, de volta à Terra.... rsrs, tenha uma ótima e feliz semana.
Beijos.