quarta-feira, 28 de abril de 2010

A quem interessar possa...

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.Já viu alguém grudar um chiclete atrás da orelha? Pois é... O chiclete estava na pontinha da perna esquerda dos óculos, que por sua vez estavam na bolsinha lateral da bolsa, em cujo fundo um Trydent se desempacotou e amoleceu de calor. Tudo bem. O cabelo vai crescer de novo onde teve que ser raspado.
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.Se alguém tiver um livro do Roberto Bolaño, por favor, me empreste! Qualquer um serve. E eu juro que devolvo.
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.Quinta-feira passada almocei no Mercado Central de Macapá. Poderia até dizer que foi uma coisa ímpar, se eu não pretendesse almoçar lá de novo. Então foi bacana, massa, foi lindo! Pedi um prato de peixe e me sentei à mesa com dois engraxates de Fazendinha: Cleiton e Claudiomar, de 13 e 14 anos. Conversamos sobre amenidades e dividimos uma Coca-Cola. Chovia sobre a Fortaleza de São José, e o peixe tinha gosto de infância. Aquela que vivi lá no Paraná e que me tem feito cada vez mais falta.
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.“O barulho que eu mais gosto é o da chuva”, diz Catherine Deneuve no filme Les temps qui changent.”
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.Pela publicação do livro Abilash, tenho recebido cumprimentos de várias pessoas. Inclusive de meus parentes da Cracóvia. Amaru Lehel, por exemplo, me deu de presente um quadro. Ele não me conhece, nem eu a ele. Leu o livro no sebo do Ivamar, na Beira Rio, disse ter gostado muito e desejado pintar pra mim o quadro que o Ivamar depois me entregou: uma casinha na frente de duas árvores, suspensa na lua. Casinha, árvore e lua... Parece que Amaru já me conhecia.
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.Eu tenho um grande amigo chamado Christian Tell.
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.Trabalho de manhã, à tarde e à noite. De manhã ouço risos. À tarde faço promessas. À noite, transcendendo risos e promessas, derivo por mares de páginas de livros.
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3 comentários:

julio miragaia disse...

Luli querida, só de ler vocÊ falar de mercado central de Macapá, de chuva na fortaleza, já me bate uma saudade enorme dessa minha terra gostosa. Tem um texto teu no Lugar da chuva, "Trapiche", acho, que igualmente me faz lembrar das manhãs que aleatoriamente gostava de ir caminhar por ali. Parabéns pelo sucesso com o livro. Estou curioso pra ler. Encontro ele em Belém? bjos

jac rizzo disse...

Lulih, onde encontrarei seu livro,
aqui no Rio?
E já imagino seu quadro casinha/
árvore/lua...será que ele pintaria
um para mim...
E que trabalho lindo esse, de ouvir risadas
pelas manhãs e fazer promessas às tardes!
À noite eu também navego por
páginas de livros...

Suas palavras são sempre poesia...

Um beijo.

Maria disse...

Ah, esta imagem do almoço no Mercado Central foi mesmo uma coisa muito lírica...
As tuas notícias de última hora têm poesia!

Te amo e tenho saudade...
Beijos, mamãe.