Da série Breves Contos
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Eu já havia composto cem origamis de guarda-chuvas quando ele percebeu que chovia. Disse então que eu compusesse mil origamis da garça de papel japonesa*, se desejasse ser dona do seu coração. Compus um dragão. Um dragão celestial que devorou o sol. E realizei o desejo ancestral de ser dona da chuva.
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*Segundo a cultura japonesa, aquele que fizer mil origamis da garça de papel japonesa terá um pedido realizado.
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Eu já havia composto cem origamis de guarda-chuvas quando ele percebeu que chovia. Disse então que eu compusesse mil origamis da garça de papel japonesa*, se desejasse ser dona do seu coração. Compus um dragão. Um dragão celestial que devorou o sol. E realizei o desejo ancestral de ser dona da chuva.
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*Segundo a cultura japonesa, aquele que fizer mil origamis da garça de papel japonesa terá um pedido realizado.
7 comentários:
Não sei explicar como Luli, mas adorei esse continho. Curto, porém cheio de imagens e lindamente libertador...
Ah, mais uma coisa. ousei reformular um antigo post. está no blog. aguardo tua visita. bjos
Poesia e mistério, chuva e amor.
Este faz diálogo com O Dono da Chuva (lembra?), que por sua vez teve influência d´O Homem da Chuva... rs.
Eu tenho andado sempre por aqui pra saber das novidades, viu?
Beijo. Te aminho, mãezinha
Bem-vinda de volta aos breves contos. Gostei do clima desse. Um beijo.
Ao mesmo tempo é intrigante e lindo.
Conciso, poético e épico.
Tens um padrão de escrita muito próprio e distinto dos que tenho lido atualmente.
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